Por Tathiana Gama/ Ascom PMS
Foto Tathiana Gama
Após intensa luta travada pela Prefeitura Municipal
de Seropédica, pelos moradores da cidade e por pesquisadores e funcionários da Universidade
Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRuralRJ) a Central de Tratamento de Resíduos
Santa Rosa (CTR), em Seropédica, enfim mudará a tecnologia empregada no lixo
depositado em sua área, desta forma eliminará o risco de contaminação do
aquífero Piranema.
De acordo com o secretário de Meio Ambiente e
Agronegócios de Seropédica, Ademar Quintella, desde 2010 a prefeitura luta pela
mudança de tecnologia empregada na CTR e que em janeiro de 2011 após estudo
realizado em parceria com a UFRuralRJ foi apresentada a Ciclus, empresa
proprietária da CTR, uma proposta mais adequada nos âmbitos sociais, ambientais
e econômicos. “Na época apresentamos 12 tecnologias ao grupo técnico formado
por pesquisadores de diversas áreas da UFRuralRJ e selecionamos 3 que eram mais
adequadas sócio-ambientalmente e economicamente de forma a não causar problemas
para o aquífero e para os moradores da região”, recordou Ademar Quintella.
Ademar salienta que estas tecnologias foram
apresentadas a HAZTEC – Ciclus em janeiro de 2011 e que a mesma se mostrou
favorável a analisa-la, porém nada foi feito e a prefeitura voltou a cobrar
providencias através de ofício enviado a empresa. “Em abril de 2011 a própria
Ciclus entrou com uma solicitação de mudança de licenciamento para a geração de
energia no Inea, porém o Inea ainda não tinha como licenciá-la”, disse
Quintella.
Segundo o secretário a mudança de tecnologia foi
facilitada pela compra da CTR – Santa Rosa pela empresa FOXX Participações que
é favorável a implantação de uma Central de Reciclagem Energética de Resíduos
que consiste no recebimento de resíduos após separação de recicláveis em usina
de combustão do material orgânico. “A empresa começará a atuar no mês de
setembro e a partir de um conjunto de Turbina a Vapor e Gerador gerará a geração
de energia através da transformação da energia térmica gerada na caldeira de
combustão em energia mecânica e então em energia elétrica", explicou.
Outro benefício salientado pelo secretário diz
respeito às cinzas formadas pelo material queimado e ao material inerte que não
foi tirado previamente como metais, vidros, terra, pedras e outros que poderão
ser utilizados pelo poder público para a pavimentação de vias. “Além disso, os
gases gerados na combustão serão tratados em Sistema de Tratamento de Gases, o
qual garante as emissões em níveis acima dos exigidos pelos órgãos ambientais
brasileiros”, afirmou.
Ademar destaca que com a mudança de tecnologia
gerará vários benefícios, tais como aumento do ISS, geração de emprego e renda
e fomento da usina de recicláveis. “Com esta nova tecnologia que irá gerar
energia elétrica atrairá também a instalação de novas empresas no entorno que
visem utilizar esta energia gerada”, informou.
O secretário comemora a mudança de tecnologia que
transformará a cidade de Seropédica na primeira do estado do Rio de Janeiro a
ganhar ICMS verde e se tornar uma cidade sustentável, uma cidade verde. “O que
era um problema quando a atual administração assumiu a prefeitura agora é um
orgulho para nós, pois irá gerar energia, emprego e renda para o município,
além de proteger o aquífero Piranema”, comemorou o secretário.
Nova tecnologia irá gerar
empregos
A implantação da nova tecnologia irá gerar
1000 empregos diretos para catadores e recicladores não só em Seropédica como
também no município do Rio de Janeiro.
De acordo com o projeto de implantação da nova
tecnologia serão criados 3 centros de triagem dos materiais, sendo 2 no Rio de
Janeiro e um em Seropédica.