Por Tathiana Gama/ Ascom PMS
Foto Tathiana Gama
Um perigo a mais na
estrada
Quem viaja nas
rodovias estaduais da Baixada Fluminense, além de enfrentar os problemas
normais da falta de conservação, ainda tem que conviver com outro problema
grave que é a presença constante de animais nas pistas.
Em diversos
trechos, os motoristas se deparam com a triste realidade que pode provocar
acidentes que geram de prejuízos financeiros a perda de vidas.
Um bom exemplo é a
RJ 099, mais conhecida como Reta de Piranema, que é uma rodovia estadual, já
registra vários acidentes causados por animais na pista, muitos deles com
vítimas fatais. De acordo com alguns motoristas, a presença de animais já é
algo bastante comum, “é vaca, cavalo, jumento, ficam tudo aí na beira da pista.
E o pior que ninguém sabe de quem são os animais”, comentou Fabiano Gonçalves.
“É preciso muito cuidado, dirigir devagar e ficar atento para que o bicho não
se assuste e acabe correndo de encontro ao caminhão”, disse Fabiano.
A ocorrência
de animais soltos na pista, com maior incidência em certas regiões, tem sido
uma grande ameaça para condutores, principalmente aos motoristas de caminhões e
carretas que não raramente têm se envolvido em atropelamento ou acidentes na
tentativa de desviar para evitar a colisão.
A grande quantidade
de animais soltos que perambulam pelas margens das rodovias são responsáveis
por sérios acidentes. Apesar do intenso trabalho dos policiais militares
rodoviários, que sistematicamente recolhem esses animais para locais
apropriados, os quais são liberados após o pagamento de multas.
O sargento
Rondineli Miranda Machado do 3º Comando do Batalhão de Polícia Rodoviária
(BPRV), responsável pela fiscalização das rodovias estaduais da Região Sul
Fluminense, confirma a gravidade do problema.
Como se não bastasse, pelo menos em Seropédica, a situação também afeta
a região urbana. Além dos riscos de acidentes, os animais também propiciam a
sujeira rasgando sacos de lixo à procura de resto de comida para se
alimentarem.
De acordo com o
Sargento toda essa situação é resultado da crise social e da extrema pobreza
que aflige os profissionais que atuam com carroças. Como a maioria vive catando
lixo, ou fazendo pequenos fretes, mal ganhando para sustentar a família, não há
como alimentar corretamente os animais. “Dessa forma, a única saída é soltar os
cavalos a noite para que eles busquem pasto à beira das estradas, sem se
preocuparem com os riscos de acidentes que esses cavalos soltos nas rodovias
possam causar”, afirmou.
O Sargento
Rondineli lembra que trafegar à noite sempre é mais perigoso, pois os animais
ficam com a visão ofuscada pelos faróis e, assustados, correm a esmo. Segundo
ele, o trecho da RJ 099, próximo ao KM 7, sempre foi considerado de maior risco
em razão da quantidade de animais soltos perambulando na pista, concentrando a
ocorrência de muitos acidentes.
Já o Sargento
Ariton dos Santos enfatiza que são realizados estudos estatísticos que apontam
os locais de maior incidência de acidentes. “Através de estudos estatísticos
foi possível identificar os principais locais onde ocorriam os acidentes
envolvendo animais soltos, possibilitando uma atuação mais precisa”, enfatizou
o Sargento. “O aumento no recolhimento de animais causou efeito direto na
redução do número de acidentes deste tipo, e conseqüentemente a redução do
número de pessoas mortas ou feridas”, completou.
O 3º Comando do Batalhão de Polícia
Rodoviária (BPRV) é responsável pelas Rodovias Estaduais localizadas nos
municípios de Seropédica, Rio Claro, Miguel Pereira, Piraí, Paracambi e
Engenheiro Paulo de Frontin.
3ª Cia - Região Sul Fluminense
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Sede
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Seropédica
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Posto 07
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Rio Claro
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Posto 08
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Miguel Pereira
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Posto 21
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Seropédica
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Posto 22
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Piraí
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Posto 24
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Paracambi
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Posto 25
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Engenheiro Paulo de Frontin
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Serviço:
O curral para onde
os animais apreendidos chama-se DDO Currais Associados e localiza-se à Rua
Vicinal, lotes 29 e 30, Bairro Santa Alice – Seropédica. Contato através dos
números: (21)
3631-8991 , (21)
9599-4562 ou (21)
7863-4583 .
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