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quarta-feira, 7 de março de 2012

Seropédica na luta contra a tuberculose






Número de tuberculosos cai na cidade

A Secretaria Municipal de Saúde de Seropédica trava uma batalha contra o indice de tuberculose na cidade, que através do Programa de Tuberculose conseguiu baixar os números de pacientes de 75 em 2010 para 50 em 2011 e apenas 19 em 2012.Para o secretário Municipal de Saúde Alexandre Passos, o que favoreceu a queda no indice de pacientes de tuberculose no município foi a melhora na infraestrutura do Programa de Tuberculose. “A melhora na infraestrura do Programa de Tuberculose e ações como informar a população sobre a forma de contágio e tratamento favoreceram a que no indice de contaminação”, declarou o secretário.

Segundo Alexandre Passos a aquisição de carros para a realização das visitas técnicas aos pacientes e a capacitação dos profissionais da Estratégia de Saúde da Família é outro fator que favoreceu os trabalhos do Programa de Tuberculose em Seropédica.

Para assegurar que o paciente complete o ciclo de combate à doença, que dura no mínimo seis meses, a SMS adotou uma estratégia recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para evitar o abandono do tratamento e garantir a cura: o tratamento supervisionado. Essa possibilidade é oferecida a todos os pacientes para que tomem a medicação sob a supervisão de profissionais das unidades básicas de saúde.

De acordo com Adalberto Pacheco, coordenador de tuberculose da Secretaria Municipal de Saúde, a descoberta precoce da doença e o tratamento completo e sem interrupção levam os pacientes à cura na maioria dos casos novos de tuberculose em apenas nove meses.

Entre as medidas adotadas pela SMS que tem permitido a fidelidade dos pacientes ao tratamento supervisionado está a oferta de incentivos de caráter social, como a entrega de cestas básicas, para garantir uma melhoria no estado nutricional dos pacientes. “Cerca de 50 cestas, são distribuídas mensalmente aos pacientes que aderiram ao tratamento supervisionado”, disse Adalberto.

Adalberto enfatiza que o problema do tratamento da tuberculose se dá quando o paciente abandona o tratamento. “Ao abandonar o tratamento a doença se fortalece e pode se tornar resistente a vários medicamentos ou mesmo a todos os remédios disponíveis, e esse é o principal complicador para o controle da tuberculose”, disse Adalberto.

Segundo Adalberto, todos as postos de Saúde e unidades de Saúde da Família estão preparados para receber pessoas com suspeita de tuberculose e que após a identificação da doença serão encaminhadas para o tratamento e acompanhamento pela equipe da Coordenação de Tuberculose. São empregados dados a partir da história, exame físico, teste cutâneo, radiografia de tórax e exames microbiológicos para classificar a tuberculose em uma de suas cinco classes. Um esquema de classificação fornece aos profissionais de saúde pública uma maneira sistemática para monitorar a epidemiologia e o tratamento da doença. “O principal sintoma da doença é um quadro de tosse prolongada por mais de três semanas”, informou Adalberto.




Tuberculose: transmissão, sintomas e diagnóstico

A transmissão é direta: ocorre de pessoa para pessoa via gotículas de saliva contendo o agente infeccioso, sendo maior o risco de transmissão durante contatos prolongados em ambientes fechados e com pouca ventilação.

A resposta imunológica é capaz de impedir o desenvolvimento da doença e, por tal motivo, pessoas com sistema imune menos resistente ou comprometido estão mais propensas a adquirir esta doença, de evolução geralmente lenta. “A tuberculose é uma doença comum entre os portadores do vírus HIV, por isso ao recebermos um paciente com tuberculose imediatamente realizamos o teste rápido de HIV”, informou Adalberto.

De acordo com o coordenador de Tuberculose, alguns pacientes podem não apresentar os sintomas ou estes podem ser ignorados por serem parecidos com os de uma gripe. Tosse seca e contínua se apresentando posteriormente com secreção e com duração de mais de quatro semanas, sudorese noturna, cansaço excessivo, palidez, falta de apetite e rouquidão são os sintomas da doença. “Dificuldade na respiração, eliminação de sangue e acúmulo de pus na pleura pulmonar são característicos em casos mais graves”, disse o secretário.

Adalberto esclarece que o diagnóstico é feito via análise dos sintomas e radiografia do tórax. Exames laboratoriais das secreções pulmonares e escarro do indivíduo são procedimentos confirmatórios. “O tratamento é feito à base de antibióticos, com duração de aproximadamente seis meses. É imprescindível que este não seja interrompido. As medicações são distribuídas gratuitamente pelo sistema de saúde, através de seus postos municipais de atendimento”, explica.

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